SINPEF/PR: “Presença de Lula gera transtornos e deve ser resolvida”

A negativa do Superior Tribunal Federal (STF) em relação à transferência do ex-presidente Lula da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR) para São Paulo desapontou os policiais federais em Curitiba. Segundo Bibiana Orsi, presidente do sindicato que representa a carreira no Paraná, as instalações atuais não são adequadas e geram prejuízo à atividade do órgão.

“Nossa custódia é temporária. A presença do ex-presidente tem gerado uma série de transtornos para a PF, para os moradores da região e para o comércio local”.

A porta-voz também chama atenção para a isonomia que deve ser considerada em relação a outros presos da Lava Jato. “Lula é um ex-presidente, acusado e condenado por crimes graves e que, por tal, deveria ter o mesmo custo de manutenção de qualquer outro preso, o que não é o caso aqui na SR em Curitiba”, observou.

A decisão do STF foi uma rápida resposta à juíza federal Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena do ex-presidente em Curitiba. Na manhã desta quarta-feira (7), ela aceitou um pedido da Polícia Federal de abril de 2018 para que o ex-presidente Lula fosse transferido para um estabelecimento penal em São Paulo.

O local seria a penitenciária de Tremembé (SP), localizada a 150 quilômetros da capital, onde Lula estaria mais próximo de amigos e familiares.

No entanto, por dez votos a um, os ministros do STF decidiram suspender a decisão. “O ex-presidente foi condenado a 12 anos de prisão. Esse é o tempo que ele ficará na SR? Até quando vamos tratar os presos com privilégios, frustrando leis, princípios e os anseios da sociedade?”, questionou Bibiana.