SINPEF-PR

Em reunião com Mourão, representantes dos policiais federais pedem reforço para a fronteira

Há 5 anos

Há 5 anos


Ouvir texto

Parar

A presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná, Bibiana Orsi, esteve reunida com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, nesta quarta-feira (29) para pedir reforço na segurança das fronteiras. No encontro, a representante dos policiais federais falou sobre o abandono da região, a falta de efetivo e a consequente fragilidade das ações de policiamento, especialmente em Foz do Iguaçu.

Mourão se comprometeu a visitar o município nos próximos meses, na companhia dos policiais federais, para analisar o que pode ser feito. “O vice-presidente se mostrou bastante sensível aos pontos que apresentamos. Vamos espera-lo em Foz do Iguaçu pois entendemos que é de suma importância que o governo federal conheça os problemas e peculiaridades da região e assuma o controle da crise de segurança pública que atinge todos o País”, ponderou.

Clima nos presídios
Para Bibiana, a chacina ocorrida nesta semana em Manaus (AM) é um exemplo de como a falta de controle do governo em relação à segurança pública, somada à proximidade da região com a fronteira, pode ter resultados desastrosos. Logo, o Paraná não está livre desse tipo de acontecimento.

“Estamos em uma posição geográfica estratégica para o crime: próximos à rota do tráfico que segue São Paulo e Rio de Janeiro e ao lado do Paraguai, de onde vem a maior parte das armas, drogas e munições entram no País. A região também é onde se faz a maior lavagem de dinheiro do crime”, destaca.

“O sistema não consegue segregá-los, eles continuam controlando o crime mesmo dentro dos presídios. Nossos órgãos de inteligência trabalham enviando avisos para que possamos nos preparar para possíveis ataques. Os primeiros alvos, normalmente, são os policiais”.

Ela acrescenta que os ataques geram grande impacto social e temor na população, o que interessa às facções. “Essa é uma guerra de poder e o maior poder de organização tem sido dos criminosos. Os órgãos públicos trabalham de forma reativa