“Roubo de ouro expõe fragilidade da segurança brasileira”, afirma Bibiana Orsi
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O roubo de 719 quilos de ouro nesta quinta-feira (25) no terminal de cargas do Aeroporto Internacional de São Paulo entrou para o rol dos maiores assaltos da história do Brasil. Na opinião da presidente do Sindicato dos Policiais Federais (Sinpef/PR), além de subtraírem o equivalente a R$ 110,2 milhões, os ladrões expuseram a fragilidade da segurança brasileira.
“O episódio é uma demonstração clara de como as organizações criminosas investem fortunas para cometer crimes patrimoniais, enquanto o governo federal tem enxugado os investimentos para o setor”, comentou.
De acordo com informações preliminares, o grupo responsável pelo crime gastou cerca de R$ 1 milhão para viabilizá-lo. “A polícia precisa dos recursos e da tecnologia que as organizações criminosas têm à disposição. Não da pra enxugar o orçamento da segurança em um momento em que o país enfrenta uma de suas maiores crises no segmento”.
Para a execução do roubo, os ladrões usaram veículos clonados identificados como da Polícia Federal e mantiveram o supervisor de logística e sua família como reféns. O sequestro teria acontecido na noite desta quarta-feira, 24, e se estendido até o início da tarde de quinta-feira.
As viaturas clonadas foram abandonadas e os investigadores acreditam que o grupo tenha trocado os veículos para dificultar a localização.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, com apoio da Polícia Federal