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Policiais federais compartilham desafios de conciliar vocação policial com a paternidade

Há 4 anos

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Ao assumir um cargo na PF, o policial federal sabe que precisará se dedicar à atividade, se necessário, com a própria vida. São vários sacrifícios, em especial para quem é pai. Missões longe de casa, investigações complexas e responsabilidades que surgem pelo caminho. Ainda assim, grande parte dos que conciliam essas duas vocações conseguem honrar, com êxito, tanto a carreira do qual fazem parte, quanto o título de heróis concedido pelos seus filhos.

Dia dos Pais longe de casa

Há 19 anos na Policia Federal, o Agente da Polícia Federal Jorge Chastalo é pai de duas meninas, de 10 e 8 anos de idade.
Frequentemente, precisa se ausentar para atuar em alguma missão especial. Neste Dia dos Pais, por exemplo, não poderá estar com as filhas. “Fico em missão até o dia 22. Não é a primeira vez que acontece. Já perdi dois aniversários. É preciso ter resiliência”, diz o agente.

A comemoração esse ano terá de ser pelo celular. “Quando entrei na PF era mais complicado. Não tinha Whatsapp, tecnologias pra gente poder matar a saudade. Na missão em que estou, por exemplo, consigo manter contato. Mas também já aconteceu de ir para uma área sem rede”, conta.

Apesar das dificuldades da carreira, ele destaca a parceria dos colegas, que são como uma extensão da família. “Tenho sorte de ter pessoas que cuidam de mim e das minhas pequenas. Hoje mesmo um colega ligou perguntando se estava tudo bem. Sempre tem alguém que se coloca à disposição para ampará-los no que for preciso enquanto estou fora”.

Ao retornar, os abraços e a admiração que percebe no olhar das filhas fazem tudo valer à pena. “Ser pai é dar a oportunidade de outra pessoa usufruir a vida. Tentando dar exemplos que proporcionem a elas uma jornada agradável e construtiva. Cuidando para não absorverem ideias depreciativas como preconceitos e intolerâncias. Em contrapartida, usufruímos de uma infinidade de momentos felizes e aprendemos algo novo com eles a cada dia”, conclui o policial.
Chastalo e a família: “Pra aguentar datas importantes longe é preciso resiliência”

Conciliar mil e uma atividades
Além dos aspectos mencionados por Jorge, o Policial Federal Diogo dos Santos Adelino fala sobre os desafios de conciliar tantas atividades, sobretudo neste ano, em que a pandemia de Covid-19 obrigou as crianças em idade escolar a passarem mais tempo em casa. Além da atividade policial, ele integra a diretoria do Sinpef/PR.

“Às vezes chego em casa cansado, mas sempre tento dar atenção. Brincar, ajudar em alguma atividade. Eles precisam extravasar e a gente tem que dar conta de mais essa etapa. Todos os pais estão cansados, mas faz parte”, ressalta.

Assim como seu colega, ele também já perdeu datas importantes ao lado das filhas. “Sou professor da Academia Nacional de Polícia. Já precisei ficar longe por meses. Mas eles entendem”.

Segundo Diogo, os filhos de 18, 14, 12 e 7 anos de idade não só compreendem a natureza do seu trabalho como têm orgulho do pai. O que é, sem dúvidas, é o melhor presente possível. “Quando eram menores ficavam de olho na TV pra ver se eu aparecia, contavam no colégio. Isso não tem preço”, conclui o policial.


Homenagens
O Sinpef/PR conhece todos os desafios enfrentados por pais e mães que se dedicam à criação dos seus filhos e à vocação policial. Por isso, promoveu uma ação em especial, em comemoração ao Dia dos Pais. Foram sorteados 150 brindes do sindicato e um TV Led de 55’’.

O vencedor do prêmio foi o APF Heron Hamilton de Lima. Os demais 150 sorteados poderão buscar seu brinde na próxima semana, na sede do Sindicato e da ASPF.

“Esse ano está sendo muito difícil para as famílias. Muitas estão sem poderem se reunir por causa do coronavírus. Resolvemos fazer essa ação para nos unirmos, nos fortalecermos e termos esse momento de descontração. Tivemos uma adesão muito satisfatória”, ressalta a presidente do Sinpef/PR, Luciana Brungari.