SINPEF-PR

Nota sobre a decisão de soltura de Alessandro Meneghel, assassino de policial federal

Há 4 anos

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No Paraná, a notícia foi recebida pelos policiais federais com revolta. Além de dificultar o trabalho de instituições dedicadas ao combate à violência e à corrupção, incluindo aí a Polícia Federal, o voto dos magistrados deixa uma mensagem clara de impunidade – tanto aos criminosos de colarinho branco, quanto a praticantes de crimes hediondos.

Ao dar o voto que confirmou a reversão da possibilidade de prisão em segunda instância, o presidente da Casa, ministro Dias Toffoli, mencionou o sofrimento de famílias que perderam entes na criminosa tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria (RS).

Mas o que dizer à família de Drummond, que aguardou por justiça durante sete anos e, ao obtê-la, viu uma decisão de claro cunho político afastá-la, mais uma vez? E como consolar os colegas de profissão, que têm de trabalhar todos os dias sob o risco de perderem a vida, sem que haja qualquer punição aos seus responsáveis?

Em um dos únicos países do mundo onde o sistema jurídico possui quatro instâncias de julgamento e número excessivo de recursos, é provável que muitos criminosos como Meneghel saiam da cadeia e vejam seus crimes prescreverem fora dela.

No entanto, em memória a Alexandre e em respeito servidores da PF, o Sindicato dos Policiais Federais do Paraná (Sinpef/PR) vai seguir lutando por justiça, nos tribunais do estado e até a última instância.

Apesar da mensagem de impunidade dos nossos ministros, há uma frente que não descansa para que o Brasil seja um país mais justo e seguro: a dos policiais federais.