SINPEF-PR

Nota de repúdio ao pedido do MPF e MP-PR de suspender vacinação das forças de segurança

Há 3 anos

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O Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Paraná recebeu com indignação o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Paraná (MP-PR) de suspender a vacinação das forças de segurança e guarda municipal contra a Covid-19.

Para o SINPEF/PR trata-se de mais um ataque com interesses meramente corporativos, aos direitos desses servidores, que certamente não passou por debates acerca da importância desses profissionais no contexto da pandemia.

Isso porque diferentemente dos colegas dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, policiais e guardas municipais não podem trabalhar em home office. Estão entre as atividades consideradas essenciais e não cessaram o atendimento ao público um só dia desde o início da pandemia, protegendo a população, combatendo os mais diversos crimes — incluindo fraudes na obtenção do auxílio emergencial e o desvio de verbas que comprometem recursos da saúde, essenciais para a aquisição de vacinas — além de fazer o transporte dos imunizantes. Assim, o número de policiais que se tornam vítimas desse vírus fatal cresce a cada dia.

Desde o início da campanha de vacinação, os policiais federais limitaram-se a reivindicar o direito de serem imunizados para poderem continuar na linha de frente da luta contra a Covid-19. Mesmo com o entendimento de que a carreira deveria ter sido uma das primeiras a ser vacinada, assim como os profissionais de saúde, não deslegitimamos nenhuma das carreiras que já foram convocadas, pois entendemos que o dever do Estado é fazer com que a vacina alcance a todos.

Por isso, recebemos com surpresa a informação de que em vez de atuar para que o país reveja a condução da crise de saúde, a aquisição de insumos para a fabricação de vacinas e novos lotes de imunizantes, os ministérios públicos estejam preocupados em impedir que os policiais sejam protegidos.

O SINPEF/PR repudia veementemente a ação e conta com o bom senso da Justiça estadual e Superior Tribunal Federal (STF), para impedir que essa medida esdrúxula atinja os profissionais de segurança pública, desmotivando-os, em um momento em que a atuação desses servidores é mais importante que nunca à população.