Mudanças na Política de Desenvolvimento de Pessoas (PNDP) preocupa policiais federais

Representantes dos policiais federais estão preocupados com as mudanças na Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoas (PNDP), anunciadas via decreto pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, na última quarta-feira (28/08). Na avaliação da presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná (Sinpef/PR), Bibiana Orsi, a carreira identificou pontos que representam um retrocesso na política interna de desenvolvimento do servidor. Segunda a porta-voz, as iniciativas que vinham sendo trabalhadas no órgão sequer foram consideradas.

“O decreto inviabiliza a fruição da licença em diversas delegacias da Polícia Federal. E precisamos destacar que a licença não é um benefício, mas uma necessidade da administração, cuja responsabilidade é compartilhada com o servidor. Ele, por sua vez, custeia a própria capacitação, que deve obedecer a uma série de requisitos como, por exemplo, o vínculo obrigatório com a área de atuação”, explicou.

Entre as mudanças que mais desagradam os policiais, Bibiana destaca a vinculação geral do quantitativo de policiais que poderão se ausentar do órgão, quando o ideal seria que esse percentual fosse estabelecido nas unidades. “É uma norma que impossibilita a licença em muitas delegacias da PF pelo país e segrega oportunidades”.

Ainda na semana passada, o Sinpef/PR entrou em contato com a Diretoria de Gestão de Pessoas da PF para discutir o conteúdo da norma. A unidade também demonstrou preocupação. “Vamos acompanhar os efeitos do decreto e marcar uma audiência com o ministro da Educação, se necessário, porque compreendemos que a licença não é um direito só do servidor, mas da população, a quem o serviço de qualidade deve chegar – independentemente dos frequentes cortes no orçamento da segurança pública. Que nos deixem trabalhar”, defendeu.

Leia o decreto na íntegra: http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-n-9.991-de-28-de-agosto-de-2019-213196312